Herdei este saber da minha avó paterna, claro sempre a olho. Como ela dizia - "...ó filha isto não tem saber nenhum, o pato é aqui do quintal e os temperos também..." O meu arroz de pato, acrescentei o saloio, é quase igual ao d'avó Maria porque também os temperos são aqui da quinta assim como o pato. O tom escuro do arroz deve-se ao pato, que é caseiro e a carne é mais escura. Fica a diferença para melhor, pois eu nunca comi pato de aviário!
Receita para 10 pessoas
Coloco numa panela o pato inteiro limpo de gorduras, em água fervente e adiciono, sal grosso, alhos esmagados, folhas de louro verde, uma pernada de alecrim, salsa, piripiri em vagem, 1 cebola grande, 1 chouriça caseira e mais tarde 1 cenoura. O pato tem que ficar bem cozido umas 2 horas não perde nada por isso. É de bom tom provar a água para atinar com o sabor/tempero.
Desfio o pato e reservo assim como a cenoura que não deve cozer muito e a chouriça. Entretanto passo a água da cozedura por um coador, 2l e vao ao lume junto 0,5Kg arroz vaporizado, após 5m junto o pato desfiado e a pitada indiscreta. Deita-se o preparado numa taça de barro com a cenoura ás rodelas por cima e vai ao forno.
Leva sempre uns 25m pois o arroz vaporizado fica enxuto e tostado mas requer tempo para cozer bem. Coloquei um ramalhete de hortelã, fica bem.
Um prato forte, indicado para quem sabe saborear o sabor do pato!
Acrescento a pitada indiscreta, a avó Maria não era apologista "destas modernices" como dizia.
Aqui fica a pitada indiscreta; é o pinhão e a uva passa.
Bella|pseudónimo|
Sem comentários:
Enviar um comentário